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Foto do escritorAscom Sintesam

MANIFESTO CONTRA POSTURA E PROPOSTAS DO GOVERNO DIANTE DA CRISE DO CORONAVÍRUS

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) vem a público manifestar repúdio a uma série de atitudes e propostas dos governantes, que não são as soluções para o cenário atual. Entendemos que o momento que estamos vivendo é crítico, em meio a uma pandemia causada pelo novo Coronavírus (Covid-19). Precisamos nos posicionar, não apenas pela categoria que defendemos, mas também por toda a sociedade.

Em todas as declarações, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demonstra contrariar todas as recomendações dos principais órgãos de saúde, inclusive da Organização Mundial da Saúde (OMS). Bolsonaro incentiva a população a descumprir o isolamento social recomendado e a voltas às suas rotinas. Estudos mostram que, se o isolamento não for cumprido, o sistema não terá condições de atender os doentes e o número de mortos será muito maior. No entanto, o presidente parece se importar apenas com a economia do país, incentivando o retorno às ruas, colocando a saúde de milhões de brasileiros (as) em risco. Além disso, com as altas despesas causadas pela pandemia, já estava se discutindo e elaborando propostas para reduzir e até mesmo cortar benefícios e salários de servidores (as) públicos (as). Enquanto projetos de lei, propostas com esse tom esbarraram no Poder Judiciário e devem ser, por ora, desconsideradas. Mediante esta crise, não apenas o (a) trabalhador (a) do (a) setor público sofre ataques, como também sofrem aqueles (as) de iniciativa privada. Com a publicação da Medida Provisória 927/20, o governo altera várias regras trabalhistas, como concessão de férias individuais e coletivas, antecipação de feriados, regras do banco de hora, entre outras medidas. O Sintesam se coloca a favor do (a) trabalhador (a), seja ele do setor público ou privado. Não é o justo que nós, trabalhadores (as), tenhamos que pagar a conta por essa grave crise. Uma solução seria a taxação de juros de grandes empresas, quem têm muitos lucros e condições de se manter mesmo diante de uma crise, diferente do (a) trabalhador (a), que mal consegue viver com o salário mínimo brasileiro. Outra medida importante seria revogar a EC 95, que congelou os gastos públicos, para investimento em nosso Sistema Único de Saúde (SUS). É importante ainda auxiliar as pequenas e médias empresas, além de respeitar acordos e convenções trabalhistas coletivos. É dever de um governo buscar soluções para o bem de todos, não retirando direitos conquistados com muitas lutas ou incentivando a população a se expor e colocar a saúde em risco para salvar a economia do país. Bolsonaro, governe pelo bem de todos (as) e não brinque com a saúde de milhões de brasileiros (as)!

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