REAJUSTE DE BOLSAS DE MESTRADO E DOUTORADO É PRIORIDADE DA NOVA MINISTRA
Bolsistas suportam ausência de reajuste há nove anos. Promessa é de Luciana Santos, já indicada pelo presidente eleito Lula como ministra da pasta de Ciências e Tecnologia
Lula e Luciana Santos. Foto: Agência Brasil
Luciana Santos, atual presidente do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco - com mandato encerrando em 2022 -, foi indicada por Lula como ministra de Ciência e Tecnologia na quinta-feira, 22. O currículo político de Luciana começou em movimentos estudantis. Foi deputada estadual, deputada federal e prefeita de Olinda, além de secretária estadual de Ciência e Tecnologia. Também participou da equipe de transição do novo Governo Lula, no conselho político. Nas palavras da futura ministra, o desafio é recuperar o que foi perdido. Luciana considera que a ciência no Brasil foi desconstruída durante o Governo Bolsonaro. "Restaurar a pujança do sistema nacional de ciência e tecnologia" é prioridade, e dentro disso, também, a urgência do reajuste para bolsas de mestrado e doutorado, com o foco de viabilizar a pesquisa no país.
O reajuste depende de condições orçamentárias, mas estratégias não faltam para cumprir com o objetivo. A intenção é repor as perdas inflacionárias das bolsas públicas para pesquisas científicas, congeladas desde 2013, com um aumento de 70%.
A ação beneficiaria os pesquisadores com bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, o Capes, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, ambos com graves problemas financeiros após cortes de verbas sequenciais do Governo Bolsonaro.
Luciana Santos, em mais declarações após o anúncio de Lula, apontou que o reajuste deve ser real. "Temos como referência o reajuste inflacionário do período todo, mas são decisões que vão ser colocadas dentro do contexto global do orçamento".
Os ministros anunciados por Lula, assim como ele, tomam posse no dia 1º de janeiro, em Brasília.
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