GREVE DA EDUCAÇÃO: COMUNIDADE ACADÊMICA INICIA PROGRAMAÇÃO DE 48 HORAS DE PARALISAÇÃO
Técnicos (as), docentes e estudantes iniciaram hoje a programação da Greve de 48 Horas da Educação. Como primeira atividade, os três segmentos realizaram uma panfletagem no chamado Bosque da Resistência, campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Em seguida, a partir das 10h, uma Assembleia Comunitária foi realizada no Hall do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais da Ufam (IFCHS/Antigo ICHL). O ato foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) e representantes regionais da União Nacional dos Estudantes (UNE). Na atividade, os (as) presentes se inscreviam para analisar a conjuntura do país e debater os pontos de reivindicações.
“Estamos na luta sempre, durante muitos anos pelos direitos do trabalhador e da trabalhadora. Estamos aqui para dizer não ao Future-se, não ao Decreto 9.991/2019 [dispõe sobre a licença para capacitação do(a) servidor (a)], à Reforma da Previdência que infelizmente está sendo aprovada, aos cortes de verbas na educação, a tudo o que possa tirar direitos dos (as) trabalhadores (as) ou usar a educação como mercadoria”, enfatizou Ana Grijó, Coordenadora de Administração e Finanças do Sintesam.
O servidor José Rufino, técnico do laboratório de farmacologia da Ufam compartilhou com os presentes a situação que vive no local de trabalho. “Esses cortes já estão atingindo a gente sim. Nos laboratórios, por exemplo, os animais estão comendo ração improvisada ou os professores estão tirando do próprio bolso para alimentá-los”.
Já o professor Jacob Paiva destacou a importância da luta histórica e a união dos segmentos em defesa da universidade pública e gratuita. “Fomos uma das primeiras universidades a eleger um reitor com a participação de estudantes, técnicos e docentes. Nos aproximamos de novas eleições e não podemos deixar que Bolsonaro faça uma intervenção, é momento de nos unirmos e lutarmos”, acrescentou. A Assembleia Comunitária aprovou por unanimidade a rejeição ao projeto Future-se.
A programação de greve segue hoje à noite, com atividades culturais. Às 18h, será realizado o Festival “Aqui Se Respira Luta”, com as bandas Casa de Caba, Pacato Plutão, Alaídenegão e Gramophone, no estacionamento do IFCHS.
Amanhã, a partir das 7h, haverá um novo ato de manifestação em frente ao campus da Ufam, com previsão de interdição da Avenida Rodrigo Otávio. Às 9h, ocorre a Assembleia Geral do Sintesam, que vai deliberar sobre uma greve por tempo indeterminado e campanha ‘Fora Bolsonaro’.
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