Ascom Sintesam
MANAUS EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Centenas de ativistas se reuniram no Centro de Manaus, em resposta a ataques golpistas em Brasília, para defender a democracia junto às mobilizações nacionais realizadas na segunda-feira, 9, com a participação de estudantes, trabalhadores e membros de várias entidades de luta
"Sem anistia" foi o grito mais entoado pelos manifestantes. O Sintesam esteve presente no ato, que em respeito à missa da igreja de São Sebastião, foi das 17 às 19h. Vídeo: Sintesam
Como dito pela organização do ato no início das falas, a movimentação para preparar a reunião pública logo após o atentado antidemocrático em Brasília no domingo, 8, teve de ser rápida como nunca para integrar a mobilização nacional programada no mesmo horário dos outros Estados do País. Mesmo assim, deu certo. A resposta aos atos golpistas em Manaus mostrou que a democracia segue firme após mais uma tentativa de golpe - e vigilante, já que restou clara a má intenção de quem foi derrotado nas urnas e quer, de qualquer maneira, buscar uma vitória ignóbil e inexistente.
A bandeira do Brasil, símbolo maior do País e de todos - não apenas de um grupo minoritário -, ainda pede por ordem e progresso. Foto: Sintesam
Assim como em outras capitais, os atos terroristas e a tentativa de golpe foram repudiados, junto ao reforço de máxima punição tanto a quem diretamente invadiu e depredou prédios públicos quanto a quem coordenou e financiou os ataques. Os gritos de "sem anistia" ecoaram em Manaus e em todo o Brasil para que, diferente dos anos tortuosos de Ditadura, responsáveis diretos não sejam perdoados e seus crimes não sejam esquecidos.
A forma pacífica do ato, que respeitou até mesmo o horário de início da missa de São Sebastião, reuniu famílias, ativistas de todas as idades e trabalhadores de diversos setores, junto a entidades sindicais, como o Sintesam. Ao ter a palavra, o companheiro Bruno Máximo deixou claro que o maior responsável pelos ocorridos em Brasília no último domingo é Jair Bolsonaro. Foram anos de incitação ao ódio e convocação à reações armadas e antidemocráticas. Nos últimos meses, após a derrota, o discurso de ódio se intensificou com os acampamentos fixados em frente a quarteis pelo Brasil, em claro pedido de golpe militar.
Mesmo com a chuva, o ato contou com adesão significativa. Foto: Sintesam
Desfazimento da concentração de bolsonaristas no CMA
Por decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, do STF, todos os acampamentos montados em frente a quarteis do Brasil foram desfeitos entre domingo e segunda, 9. Em Manaus, o grupo de bolsonaristas que estava há mais de dois meses acampado em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA) foi retirado também pela força da decisão da juíza federal Jaiza Fraxe, da 1º Vara Cível Federal do Amazonas, a pedido do Ministério Público Federal, dentro da Ação Civil Pública nº 1026630-45.2022.4.01.3200.
Golpistas em Manaus chegaram a planejar o fechamento da Reman, refinaria responsável pelo abastecimento da capital. O plano também passou por outros Estados. A expectativa era barrar a entrada da refinaria, mas não houve sucesso - viaturas, ainda no domingo, 8, à noite, dispersaram o movimento.
As instituições e a democracia se mostram firmes diante de mais um ataque. Mas a vigilância não pode terminar.
Confira abaixo mais imagens do ato em defesa à democracia de ontem. As fotos são do Sintesam:
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